Para celebrar o Dia da Farmácia, conheça a trajetória desse segmento desde o século X.
A farmácia faz parte do nosso cotidiano. Seja na maioria das avenidas ou ruas, esse segmento é uma parada obrigatória após consultas médicas – para a compra de remédios mais complexos – ou quando se precisa de medicações simples ou artigos de higiene pessoal.
Por isso mesmo, não temos a dimensão da importância da farmácia e dos farmacêuticos na rotina de todos. E muito menos que sua história remonta há tempos muito mais antigos.
Boticas e apotecas
Por volta do século X, as atividades relacionadas ao âmbito médico e farmacêutico estavam relacionadas às boticas e apotecas, onde o profissional boticário era responsável pelo tratamento de doenças, além da produção e armazenamento de medicamentos. O ofício foi trazido de Portugal e o especialista Diogo de Castro foi considerado o primeiro boticário.
Com a epidemia da lepra tomando a França, o rei Luís XIV ampliou o número de farmácias hospitalares. E em 1777, Luís XV determinou a substituição do termo “apoticário” por farmacêutico, a fim de enquadrar às novas políticas. A profissão farmacêutica se separa da medicina no século XVIII, proibindo ser médico e proprietário de uma botica. Mais adiante, em 1813, foi publicado o primeiro tratado de toxicologia, dando início à moderna farmacologia.
A profissão de farmacêutico só foi regulamentada no Brasil em 1831. Em seguida, o primeiro curso de Farmácia foi criado, no Estado do Rio de Janeiro. A partir da década de 1950, serviços de farmácia foram abertos à população, surgindo também a qualificação do farmacêutico.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) foi criado em 1961 com o objetivo de inscrever os profissionais, registrar as empresas, fiscalizar o exercício das atividades e zelar pela integridade desses profissionais.
Farmácia ou drogaria?
Estes segmentos ainda causam dúvidas na cabeça de muitas pessoas! Farmácia tem como objetivo a manipulação e formulação de medicamentos em um laboratório próprio, o que não impede a venda desses produtos.
Já a drogaria é o local em que apenas se restringe a comercializar os remédios já preparados e manipulados, e em embalagens originais.
Os dados oficiais
Segundo dados do CFF, atualizados em 2018, atualmente existem 221.258 farmacêuticos registrados nos conselhos, 87.794 farmácias e drogarias privadas. A região Sudeste com a maior vantagem numérica, com quase 40 mil instituições e quase 110 mil profissionais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que essa relação seja de uma farmácia para cada 8 mil habitantes. Esse quantitativo visa impedir a automedicação descontrolada de pessoas, ou seja, o uso de medicamentos tomados por conta própria, sem prescrição médica: segundo as Organizações das Nações Unidas (ONU), pelo menos 700 mil pessoas morrem no mundo todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos.
Por isso, sempre vale a máxima de seguir as recomendações do médico e do farmacêutico ao fazer novamente o uso de uma medicação. Muito mais do que manipular ou orientar medicamentos, os profissionais da farmácia mantêm a preservação da vida.