Conscientizar, agregar, atrair. Essas são as iniciativas do World Marrow Donor Day (WMDD), ou em português, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea.
A data torna pública em todo o mundo a importância do doador no tratamento e recuperação de inúmeras doenças e expor a problemática das doenças em que há necessidade de transplante, através de três premissas. Você sabe quais são?
1) Conscientizar para a importância da doação de medula óssea
A medula óssea é um tecido encontrada entre as cavidades dos ossos, composto de um formato líquido-gelatinoso, que são produzidos os componentes principais do nosso sangue: os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas.
Através do processo de doação, podemos extrair as células-tronco hematopoiéticas e aplicá-las no tratamento de pacientes com doenças que comprometem a produção normal de células sanguíneas, como as leucemias, linfomas, doenças do sistema imunológico ou anemias graves.
Para se ter uma ideia, dados do Sistema Único de Saúde (SUS) confirmam mais de 62 mil óbitos decorrentes da leucemia, entre 2007 e 2016. A chance de compatibilidade de um paciente encontrar um doador de medula óssea é de 30% entre irmãos, e muito menor referente doadores não-aparentados. Para aumentar os índices de transplante, assim como estancar as mortes por doenças das células sanguíneas, existem os cadastros em diferentes países.
2) Atualizar o maior número possível de cadastros
O Redome (Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) contabiliza mais de 4 milhões de brasileiros aptos a participar do processo de doação, sendo o terceiro maior banco de doadores.
Para o cadastramento, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com informações básicas. Em seguida, o presente realizará uma coleta de uma amostra de sangue (um total de 5 ml) para testes de tipificação HLA – o que vai determinar se é compatível ou não com um paciente. Em caso de confirmação, o futuro doador será contatado para uma investigação mais aprofundada.
O que determina se uma pessoa pode ser doadora ou não é:
– Ter entre 18 e 55 anos de idade;
– Estar em ótimas condições de saúde;
– Não possui doença infecciosa transmissível pelo sangue (tais como a AIDS ou hepatite)
– Não possuir histórico de câncer, doenças do sangue ou que sejam autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico ou artrite reumatoide).
O cadastro do doador permanecerá ativo até completar 60 anos de idade, fazendo-se importante a atualização constante dos dados pessoais através do site do Redome.
3) Atrair engajamento social
Por fim, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea busca impactar a sociedade civil, tornando todos multiplicadores para conscientizar sobre a doação de medula óssea e a responsabilidade do doador em auxiliar pessoas que sofrem em filas de hospitais, dependentes de um ato de solidariedade.
A doação é simplesmente realizada por meio da doação de sangue – as células são coletadas diretamente da corrente sanguínea, através de um procedimento que dura cerca de 3 a 4 horas. Em casos mais específicos, ocorrem punções no osso do quadril, e duram cerca de 90 minutos. Mesmo assim, as dores do segundo tipo de coleta desaparecem em poucos dias, com os doadores retomando suas atividades em poucos dias.