Regis Myrupu recebeu o prêmio de melhor ator em festival de cinema na Suíça pelo filme “A Febre”.

O 72º Festival de Locarno, na Suíça, premiou o ator indígena do Brasil, Regis Myrupu, por seu trabalho no filme “A Febre”, da diretora brasileira Maya Da-Rin, no último sábado (17). Sua estreia mundial também foi agraciada pela Federação Internacional de Críticos de Cinema e o Youth Prize.

Nascido em São Gabriel da Cachoeira, em Manaus (AM), e líder espiritual da etnia Desana, da região amazônica do Alto Rio Negro, o ator se disse emocionado ao receber a estatueta chamada de Leopardo e reforçou suas origens indígenas, também demonstrou preocupação com o futuro da natureza e a importância de um representante da comunidade indígena receber uma premiação internacional.
“A Febre” faz parte da Mostra Competitiva Concorso Internazionale. Ele narra a história de Justino (papel premiado de Regis Myrupu), um indígena da etnia Desana que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus (AM). Viúvo, sua única companhia é a filha, Vanessa, que vai cursar Medicina em Brasília e está prestes a ir embora. Justino tenta sobreviver a variação climática, ora tomada por um forte sol, ora por chuvas torrenciais, quando é tomado por uma febre forte. Em meio a tudo isso, tem-se a notícia de que um animal selvagem está à espreita em seu bairro.

O longa participou da Cinéfondation, La Fabrique des Cinémas du Monde e TorinoFilmLab. No Brasil, será distribuído pela Vitrine Filmes, ainda sem previsão de data de lançamento.