90% da população mundial sofre de um mal que provoca irritabilidade, insônia e desgaste após o sono, dificuldade de se concentrar, e pode levar à desmotivação e muitas vezes à depressão.
Não se assuste quando descobrir que isso é causado pelo estresse! Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de pessoas são afetadas por esse estado de angústia ao ter contato com situações de tensão.
Mas engana-se que seja um fenômeno biológico maléfico em seu todo. Ele é natural e possui componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais que preparam uma grande adaptação a um evento ou situação de importância. Apenas o seu estado prolongado e descontrolado é que causa tantos efeitos negativos nas pessoas.
Para entender melhor o que ocorre quando estamos estressados, vamos aprender as três fases que compõem esse fenômeno e saber em que momento você deve parar!
Sinal verde: a fase de alerta
A etapa inicial prepara o corpo para uma enorme demanda de energia. Ou seja, é a resposta rápida do organismo à uma situação de tensão ou perigo, quando se está em contato com o que desenvolve o estresse.
É um estado natural de ordem fisiológica e psicológica, uma herança dos nossos antepassados através da evolução da humanidade. O corpo emana uma descarga de adrenalina e sofre alterações a fim de se preparar para uma reação, sendo constante o suor nas mãos, taquicardia, aumento na pressão arterial, entre outros.
Apesar de ser um mecanismo essencial, o estresse pode evoluir do estado de “alerta” para algo mais crônico e prejudicial ao corpo.
Sinal amarelo: resistência
A fase de resistência consiste na busca do corpo pelo reequilíbrio após a injeção de adrenalina. Utiliza-se uma grande quantidade de energia, provocando cansaço, mal-estar, vertigem, formigamentos e até mesmo falhas na memória. É um “preço” a se pagar pela ativação da primeira etapa.
É possível recuperar-se na segunda fase, através massagens, entrar em contato com fatores relaxantes e bem-humorados (como música ou conversas) e também alongamentos.
Entretanto, caso o corpo se desgaste tanto ao ponto de não conseguir encontrar o caminho de volta à tranquilidade…
Sinal vermelho: exaustão
É hora de parar e prestar atenção nas defesas do organismo! Aqui nessa fase não foi possível retornar ao estado normal após o estresse, ocasionando o surgimento de doenças. Essa é a forma como a mente dá o recado ao corpo de que não tem condições de lidar com a recuperação.
Nessa fase, a pessoa fica extremamente sensível às emoções, ocorre o desgaste físico e mental, insônia, crises de ansiedade, irritabilidade fácil ou angústia.
A carga estressante também pode ser classificada com base na variação de sua gravidade. O estresse agudo é a reação comum a situações específicas de pressão ou perigo que vivemos de maneira intensa. O cumulativo é a exposição diária aos processos estressantes, cujo prolongamento pode decorrer uma série de doenças físicas e mentais.
Já o pós-traumático ocorre após um determinado acontecimento complexo em que foi autor, vítima ou testemunha. É uma resposta atrasada ao trauma, gerando crises de ansiedade, por exemplo.
E como fazer para combater o estresse? É muito importante diminuir as pressões do mundo exterior, buscando alternativas para que as rotinas domésticas, acadêmicas ou no trabalho possam ser realizadas de forma mais saudável.
Equilíbrio emocional é fundamental para garantir uma boa saúde mental: não tenha vergonha de buscar apoio em outras pessoas, como sua família e amigos. Caso sinta a necessidade de um acompanhamento por psicólogo, a assistência aos estressados pode ser feita em diversas unidades básicas de saúde, em todo o Brasil.
O importante é reconhecer os sinais que o corpo gera para viver os dias com mais qualidade e menos desgaste.