Comemorado em 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção à Hipertensão Arterial dá espaço para que números alarmantes sejam discutidos na saúde pública brasileira. Em torno de 30% dos brasileiros têm pressão alta, mas apenas metade deles sabe disso. Para piorar o quadro, apenas 40% dos sabidamente hipertensos fazem tratamento, e 10% estão com as cifras pressóricas controladas.
De acordo com o cardiologista Dr. Pedro Henrique Duccini Mendes Trindade, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Regional Vale do Paraíba, a hipertensão é silenciosa e assim evolui por meses e anos; o primeiro sintoma verdadeiro pode ser o Infarto (ataque cardíaco) ou o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Além disso, temos problemas com a adesão ao tratamento, já que, na maioria dos casos, os pacientes abandonam a terapia por acreditarem que não vai acontecer nada demais”, explica o médico. Só que, ao longo do tempo, a hipertensão vai minando diferentes órgãos e tecidos. Além de infarto e AVC, a hipertensão pode causar cegueira ou problemas no rim, por exemplo. O paciente é considerado hipertenso quando sua pressão medida no consultório é maior ou igual a 14 por 9 mmHg, ou quando a média das medidas obtidas em casa é superior a 13,5 por 8,5 mmHg.
O melhor caminho para o combate à hipertensão é a prevenção. “Devem-se eliminar os fatores de risco, como tabagismo, alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, colesterol e triglicérides elevados, excesso de consumo de sal e álcool, estresse e diabetes”, afirma o Dr. José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp. Uma avaliação médica periódica é a principal tática para se deixar a pressão nos níveis ideais.
Fonte: Portal r3